NotíciasFinanciamento

Pensando em financiar a casa própria? Leve estes itens em consideração para dar conta de pagar!

Antes de financiar a casa própria, é importante ter alguns fatores em mente que, se não forem analisados, podem gerar complicações futuras.

O financiamento imobiliário consiste em um contrato firmado entre o comprador e uma instituição financeira para viabilizar a aquisição de um imóvel, com pagamento parcelado ao longo de vários anos. Esse recurso tem se tornado essencial para milhões de brasileiros que desejam sair do aluguel.

O processo permite que o comprador pague uma entrada e financie o restante do valor, com prazos que podem chegar a 35 anos. Contudo, além da taxa de juros, o financiamento envolve custos adicionais e condições específicas que impactam diretamente o valor final pago.

Por isso, antes de assinar qualquer contrato, é fundamental analisar todos os aspectos envolvidos, comparar ofertas e planejar as finanças com clareza e responsabilidade. Afinal, o que era um sonho pode acabar se tornando um pesadelo financeiro se não for bem planejado.

Se você quer financiar a casa própria, veja algumas dicas para levar em consideração antes disso.
Se você quer financiar a casa própria, veja algumas dicas para levar em consideração antes disso. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

O que levar em consideração antes de financiar a casa própria?

Escolher o banco e o tipo de financiamento ideal exige mais do que avaliar apenas o valor das parcelas. Muitos fatores influenciam o custo final e a viabilidade da compra. Por isso, entender cada detalhe é essencial para evitar surpresas. Confira.

Saiba mais: Tenho MEI e não exerço, tenho que fazer declaração do IR mesmo assim?

Análise de crédito e simulação prévia

Antes de tudo, é necessário verificar se o banco tem interesse em liberar crédito para o comprador e qual o valor máximo financiável. Essa análise define se o imóvel desejado está dentro do orçamento aprovado pela instituição.

A recomendação é procurar diretamente os bancos para confirmar essa informação e, em seguida, realizar simulações nos sites oficiais. Essas simulações oferecem uma visão clara das condições de pagamento, como valor das parcelas, entrada exigida e prazo.

Composição do custo efetivo total (CET)

Ao contrário do que muitos pensam, a taxa de juros não é o único custo que compõe um financiamento. O valor final depende do Custo Efetivo Total, que inclui seguros obrigatórios, taxas administrativas e outros encargos. Comparar apenas a taxa de juros entre os bancos pode levar a decisões equivocadas.

Por isso, é essencial considerar o CET, pois ele reflete o custo real do contrato. Algumas instituições oferecem taxas atrativas na fachada, mas embutem custos elevados em outros componentes. Avaliar todos esses detalhes permite uma escolha mais consciente e econômica.

Escolha do sistema de amortização

Outro ponto importante é o sistema de amortização escolhido: Tabela SAC ou Tabela Price. Na Tabela SAC, a amortização é constante, o que faz as parcelas iniciarem mais altas e diminuírem com o tempo. Essa modalidade reduz o total de juros pagos.

Já na Tabela Price, as parcelas permanecem fixas, mas os juros se acumulam ao longo do tempo, elevando o valor total. A decisão deve considerar a capacidade de pagamento atual e futura, além dos objetivos financeiros do comprador.

Saiba mais: Imposto de Renda 2025: Restituição é liberada pela Malha fina; entenda!

Variação das taxas de juros

Além da forma de amortização, é importante observar como a taxa de juros se compõe. Os bancos podem utilizar diferentes indexadores, como a Taxa Referencial (TR), o IPCA (inflação) ou a poupança, o que influencia no quanto você paga ao longo do tempo.

Cada um desses modelos apresenta comportamentos distintos ao longo do tempo, impactando diretamente o valor das parcelas. Portanto, avaliar qual tipo de correção é mais compatível com a sua realidade e perfil de risco contribui para uma escolha segura e alinhada ao planejamento financeiro.

Possibilidade de uso do FGTS

Verificar se o financiamento permite a utilização do FGTS pode fazer grande diferença no valor da entrada e na amortização futura. O uso do fundo é autorizado em financiamentos dentro do teto de R$ 1,5 milhão e com lastro em recursos da poupança.

Além disso, o imóvel precisa seguir critérios específicos definidos pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Quando permitido, o FGTS pode ser usado tanto para reduzir o valor financiado quanto para abater parcelas durante o contrato.

Relação com o banco e condições personalizadas

Manter um bom relacionamento com o banco pode abrir portas para condições mais vantajosas. Clientes antigos ou com histórico positivo de crédito têm mais chances de conseguir taxas diferenciadas e benefícios adicionais, como prazos maiores ou menores exigências de entrada.

Por isso, avaliar primeiro as condições oferecidas pelos bancos com os quais você já se relaciona pode ser uma estratégia eficaz. No entanto, é essencial confirmar que essas condições realmente se mantêm durante todo o contrato, sem alterações inesperadas.

Custos adicionais e perfil do comprador

Além das parcelas e seguros, o financiamento pode envolver outras despesas, como avaliação do imóvel, taxas cartorárias e custos ligados à idade do comprador. Quanto mais avançada a idade, maiores são os valores dos seguros obrigatórios, e menor o prazo permitido para financiamento.

Por exemplo, uma pessoa com 60 anos poderá financiar por até 15 anos em algumas instituições, o que pode resultar em parcelas mais altas. Também é necessário observar o valor mínimo de entrada exigido e qual percentual do imóvel pode ser financiado, pois esses fatores variam entre os bancos.

Veja mais: Entenda como funciona o pagamento da Restituição do Imposto de Renda

Nicole Ribeiro

Formada em Letras - Português pela Universidade do Estado de Minas Gerais, redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo